segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Café Literário de setembro terá palestra de historiadoras

Duas historiadoras da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) estarão à frente dos debates do Café Literário deste mês, que será realizado, nesta terça-feira (27), 18h30, na Galeria Valdelino Cécio, Centro de Criatividade Odylo Costa Filho (Centro Histórico da Praia Grande, próximo ao estacionamento), em São Luís.
O Café Literário é promovido pelo Centro de Criatividade, órgão da Secretaria de Estado de Cultura (Secma). A programação que acontece uma vez ao mês, é aberta ao público. Gira em torno de um tema discutido por literatos, artista, jornalistas, pesquisadores acadêmicos, entre outros.
A primeira palestra de terça-feira é “Mulheres Pobres: representações literárias”, com a historiadora Maria da Glória Correia, doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). A professora, Regina Martins de Faria, doutora em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), fala, em seguida, sobre “Sujeito Escravizado”.
Glória Correia pesquisa a mulher quanto ao gênero, à dimensão étnico-racial de mulheres negras, brancas, escravas, pobres, etc. Tem como base empírica pesquisas em fontes históricas do século XIX ao século XX. O objetivo dela é fomentar o debate e a reflexão envolvendo desigualdade e violência. Ela é autora do livro “Nos Fios da Trama: Quem é essa mulher?”.
Regina de Faria é coordenadora do grupo de pesquisa Sociedade, Memória e Poder. Tem artigos publicados em coletâneas, eventos científicos e revistas nacionais. Organizou com Antônio Torres Montenegro, o livro Memória de Professores.
“Analisei a visão da elite letrada do Maranhão, acerca dos sujeitos escravizados e de seus possíveis substitutos, no processo de transição do trabalho escravo para o trabalho livre: os imigrantes (principalmente o europeu), os índios e os livres pobres nacionais”, explicou Regina Faria.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Um inimigo chamado Língua Portuguesa

Um bom currículo pode ser o passaporte para se conseguir o tão sonhado emprego, mas conhecer bem a língua portuguesa, com toda a certeza, tem um peso ainda maior. Afinal, é inaceitável relatórios e projetos escritos com erros gramaticais. 
Foto: Reprodução internet
Atualização é uma maneira de dominar o Português | Foto: Reprodução internet
Para o professor Amauri Franco, do Centro de Estudos Guerra de Moraes, existem várias explicações para a falta de intimidade com o português. "O principal motivo é o hábito da leitura não ser tão estimulado na fase pós-alfabetização. O segundo é a maneira como é ensinado nas escolas, que é muito voltado para a classificação das palavras, ou análise sintática de termos, associada à disseminação de regras de flexão de palavras, sem que tais conceitos sejam aplicados aos contextos textuais", revela.
Segundo o especialista, o que acaba acontecendo no ensino é incentivar o 'decoreba' de conceitos maçantes, que dificultam a percepção de sua importância prática para a comunicação diária.
"É preciso levar em conta também que as gerações contemporâneas vivem em um estágio tecnológico em que a comunicabilidade deve ser muito rápida e prática, principalmente dos modernos meios eletrônicos e digitais, como o Facebook, Twitter ou mesmo a produção de cartas eletrônicas (e-mail)", afirma Amauri Franco.
A professora do Instituto IOB, Clodonea Ferreira, reforça esta posição. "O sistema educacional, cada vez mais nivelando por baixo, fez com que o aluno perdesse a referência culta da língua", garante.
Articulação
Amauri Franco  lembra que  é preciso saber diferenciar os níveis de linguagem, adequando ao contexto em que se está. " No mundo empresarial, exige-se a linguagem formal, não apenas por questões de elegância, mas pela necessidade de compreensão clara da mensagem por todos os envolvidos. O candidato  que não souber aspectos fundamentais da Língua Portuguesa, principalmente nos tópicos de concordância, regência, flexão verbal e colocação pronominal, terá dificuldade ", garante.
Segundo os dois professores existem algumas regras que podem ajudar bastante, tanto para quem está procurando emprego como para quem já está empregado.
" A necessidade de expor com clareza as ideias exige que a pessoa tenha um bom conhecimento da Língua Portuguesa. Devido ao desconhecimento, frequentemente o indivíduo revela-se incapaz de uma boa comunicação seja falando ou escrevendo. Em um ambiente de trabalho, sobressai-se aquele que for bem articulado. Por isso, evite falar muito. Procure ser objetivo e conciso em suas respostas. Jamais empregue uma palavra sem ter segurança quanto ao significado e à pronúncia", diz Clodonea Ferreira.
Outra dica vem do professor Amauri Franco." Primeiramente estudar a Língua, com ajuda de gramáticas e cursos especializados, além de relacionar-se com pessoas cultas e assistir a bons filmes e documentários", finaliza.