domingo, 28 de abril de 2013

ABL participa de lançamento de livro em Esperantinópolis

   Representado a literatura bacabalenses fizeram-se presentes na noite de 27 de abril, em Esperantinópolis, membros da Academia Bacabalense de Letras no lançamento do romance  “Mandigas”, do escritor Raimundo Corrêa.
Escritor Raimundo Corrêa ladeado por membros
da Academias Bacabalense de Letras 
 O autor, de 73 anos de idade já tem cerca de 7 livros publicados, exerceu o cargo de secretário municipal de educação e, junto com sua esposa, são figuras experientes e fundamentais na cultura local, a exemplo da coordenadoria do Ponto de Cultura, tendo sido eles os fundadores da 1ª biblioteca da cidade, há 39 anos e autores do Hino de Esperantinópolis.
 Seu Raimundinho, como é carinhosamente chamado é uma pessoa da mais alta estima e respeito na sua cidade, sendo um arquivo vivo da cultura local.
   A noite de autógrafo reuniu parentes, amigos políticos e literários da Academia Esperantinopense de Letras, da qual foi seu primeiro presidente há 8 anos, o representante da FALMA-Federação Maranhense das Academias de Letras, Sr. Francisco Brito, além de convidados de outras academias e confrarias literárias da região.
   A convite da Sra Ana Néres, membro da AEL, entidade com quem a ABL tem estreitado seus laços confradianos na Literatura, A ABL se fez presente através dos acadêmicos Zezinho Casanova (presidente), Costa Filho (vice), Morais Pessoa (correspondente) e Jacson Lago (sucessor), tendo os mesmos deixado em seus discursos a marca de sua afeição pela literatura e as congratulações com o senil escritor, que embora de uma cidade pequena, tem dom literário do mais alta estirpe, embora ainda não disseminado em nível mais amplo.
   “Na nova gestão, a ABL tem estado presente em variados eventos na cidade e fora dela revigorando os laços com outras instituições literárias. E continuaremos indo, levando o nome das letras bacabalense pelo certame maranhense, fortalecendo a classe e própria instituição” disse o presidente.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

SESI homenageia personalidades de Bacabal, dentre elas a ABL


Púlpito do evento (homenageados à esquerda)
 Na noite de quinta, 25 de abril, o SESI promoveu em alto estilo a culminância do projeto “Minha Cidade” desenvolvido em vários dias pelo seu corpo docente, pedagógico e discente.  Personalidades e entidades de diversas áreas foram homenageadas com troféu do projeto assinado pelo SESI/FIEMA em reconhecimento de sua atuação na sociedade bacabalense. 

Troféu recebido pela ABL
  


   Os homenageados foram a Academia Bacabalense de Letras (Literatura), o poeta e historiador Raimundo Sérgio de Oliveira (arquivo vivo da história da cidade e membro da ABL), o Sr. Valter Correa (música e esporte), a Associação de Capoeira Zâmbi (danças), a professora Alice Cardoso (educação), a Sra. Vanusa Bacelar (melhor idade com “jades”), os desportistas Dentinho e Renato (ex-BEC) e o prefeito municipal José Alberto Veloso, que esteve presente. Alguns dos homenageados foram representados por parentes e todos se pronunciaram em agradecimento às honras do troféu.
    A ABL foi representada pelo seu presidente Zezinho Casanova, que congratulou-se com a homenagem louvando a atitude da instituição escolar e ressaltando a importância da academia para a cidade. foram ainda apresentados vídeos produzidos por alunos sobre as temáticas homenageadas.
Presidente da ABL com o troféu
A participação da ABL no projeto se fez em vários momentos. Convidados pelo professor de Língua Portuguesa Gilderlan Silva Almeida, estiveram presentes no SESI, em três momentos distintos, mas em atividades semelhantes alguns membros que representaram a Academia Bacabalense de Letras, como parte convidada do Projeto “Minha cidade”, promovido por aquela instituição escolar, visando conhecer e reconhecer as diversas manifestações culturais de Bacabal. Os poetas juntamente com todos os alunos e posteriormente com um grupo menor de alunos do 9º ano de Ensino Fundamental, puderam interagir em um “papo literário” sobre a produção poética em experiências pessoais com poetas e escritores de nossa cidade, sobretudo os que se achavam presentes. Alguns alunos apresentaram e declaração textos de autores bacabalenses e textos de sua própria autoria, numa ação prática de que a poesia habita, com louvor, os nossos alunos e quiçá futuros poetas.
Para o professor responsável pelos trabalhos junto à ABL no projeto, Gilderlan Almeida: “É uma justa homenagem, haja vista que é forte a presença das Letras em nossa cidade, sobretudo com a fundação da ABL, mas nem sempre esse mérito é reconhecido”, disse o professor. Congratulamo-nos com a ação meritória da escola em buscar motivos de o aluno e a sociedade bacabalense vir a conhecer melhor seus artistas e talentos. “Estaremos sempre prontos a somar em momentos que dignificam a história da cidade e a faz triunfante rumo às novas gerações”, disse Costa Filho, vice-presidente da ABL.

domingo, 21 de abril de 2013

Caravana abeelina participa da 1ª Semana de literatura e arte em Lago da Pedra

Pronunciamento do Presidente da ABL na abertura do evento


Uma caravana formada pelos poetas Zezinho Casanova, presidente da instituição, Costa Filho, Morais Pessoa, Eliene Lopes e a poetisa pleiteante Cristina Baima, além da criança Dandara, filha de Casanova, estiveram presentes na noite de abertura da 1ª Semana de Literatura e Arte, promovida em parceria da Academia Lagopedrense de Letras e Artes – ALLA com a Casa de Cultura Josué Montelo, de São Luís. O evento teve como palco as instalações do Colégio São Francisco de Assis durante os dias 18, 19 e 20 de abril, versando sobre elementos da literatura local e estado-nacional, a exemplo de palestras, exposições, apresentações escolares e acadêmicas. A abertura teve como ponto alto, a mostra de “banners”, vida e obra do escritor maranhense Josué Montelo por servidores da CCJM, que em 2013 completa 30 anos de fundação e cujas comemorações vêm sendo feitas através de várias ações, dentre elas as exposições itinerantes em cidades maranhenses. 
Acadêmicos da ABL Morais Pessoa, Costa Filho, 
Zezinho Casanova e Eliene Lopes em pose
com João Gomes (ao centro),  residente da ALLA

O jovem presidente da ALLA, João Gomes, congratulou-se com os poetas bacabalenses e mostrou-se satisfeito com a realização de um evento de tão amplo calibre nos poucos meses de fundação da ALLA.  Em sua fala, o presidente da Academia Bacabalense de Letras parabenizou os confrades da academia anfitriã, louvando o incentivo do poder público em apoiar o evento, ressaltando a sinalização do atual governo municipal de Bacabal em apoiar as Letras bacabalenses. “Não pudemos ficar para os outros dias, apesar de ter hotel à disposição, via Federação das Academias de Letras do Maranhão-FALMA, em virtude de obrigações profissionais e em virtude de a ABL dever estar presente na sessão de sábado à noite no SESI/Bacabal para receber homenagem daquela instituição”, concluem os poetas abeelinos.

ABL garante sala no prédio da SEMUC



No último dia 17 de abril a Academia Bacabalense de Letras recebeu uma sala-sede no prédio da SEMUC-Secretaria Municipal de Cultura, no Centro Cultural da cidade. O fato se deu por ocasião das festividades dos 93 anos de Bacabal e é fruto do reconhecimento da importância da instituição literária para a cidade. Zezinho Casanova, presidente da instituição, ressalta que “é importante o comprometimento do poder público com a instituição de maior ícone das Letras na região, sendo a cessão da sala um grande passo para uma melhor consolidação das Letras em nosso meio, fortalecendo assim uma parceria entre a Academia de Letras e governo”.
Vice-Presidente à porta da nova sala-sede da ABL
 
 Para Costa Filho, vice-presidente: "É um espaço ainda pequeno, mas necessário ao funcionamento das reuniões da diretoria, bem como se torna o ponto de referência da ABL para outras academias e poetas da região”. Junto com a sala foi doado um birô e anunciados outros futuros benefícios e ações literárias pelos secretários de cultura e o de educação Waltersar Carneiro, um dos principiantes parceiros da instituição. De fato uma parceria entre a instituição literária e a SEMUC tem sido observada desde as primeiras reuniões do novo secretário José Clécio Silva com os setores da cultura local. 
Casanova e Costa Filho recebem a sala-ABL na SEMUC
A partir de então a ABL já teve atuação de destaque na peça teatral “Bacabal nos braços de artistas”, encenada no CEFRAN dia 13, com representatividade dos poetas Casanova, Costa Filho e Morais Pessoa e agora garante um espaço para seu funcionamento. Casanova esclarece que a ABL somará esforços no sentido de obter a cessão formal do espaço, garantindo-o em outros governos, tendo a ABL obtido apoio junto a vereadores no sentido da instituição pleitear do município um terreno para sua futura sede própria.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

VALORIZAÇÃO DO ARTISTA LOCAL



UMA CRÔNICA A PROPÓSITO DO NOVO NOME
 DA ESCOLA DE MÚSICA DE BACABAL
 por Costa Filho, artista da terra.


Fachada antiga do prédio da Escola de Música de Bacabal 
Na sessão da câmara de 03/04/2013, às portas das comemorações dos 93 anos de Bacabal, foi aprovado por unanimidade o projeto que muda o nome da escola de música do município, de “Francisco Padilha” para “Almir Garcês Assaí”. Em apoio ao movimento, referendado no maestro Víctor Emanuel e abraçado pela SEMUC, na pessoa do secretário José Clécio Silva, estavam integrantes da Banda Santa Cecília, artistas e populares a lotar a pequena cabine destinada ao povo.
A aprovação, anunciada, e apresentada que fora pela presidenta da Casa Regilda Santos foi comemorada com a tradicional sinfonia “parabéns a você”. Por sua vez, a imprensa, sempre junto e a serviço da notícia local, lá estava com seus holofotes a registrar o histórico momento de realização para uns e falácia de outros, em declarações que, embora de bocas diferentes, canalizavam-se a uma mesma satisfação: a justa homenagem concedida a Almir Garcês Assaí, nosso mais nobre e tradicional nome da música bacabalense.
De fato, a homenagem foi mais do que justa, valendo dizer, foi atrasadamente justa, a tirar pelos depoimentos de “realização” e “alma lavada” dos artistas musicais, e da fala dos nossos edis o “merecido reconhecimento”, sobretudo nesse período inicial de governo em que a aceitação popular se faz elemento fundamental e num momento de ânimos inflamados de nativismo e sentimento natalício acalorado pelo aniversário da cidade.
Vale lembrar que fato semelhante ocorreu com o “seu Assaí” em 2001, quando em sua fundação a Academia Bacabalense de Letras escolheu de modo também unânime o nome do nosso músico e cartorário como patrono da cadeira nº 7 em caráter vitalício, por considerá-lo uma figura das mais nobres e dignas de reconhecimento nos anais da história de nossa artística Bacabal.
Afora, porém, o mérito associado àqueles que de algum modo contribuíram para essa  louvação, este fato-homenagem não soa apenas pela sua relevância cultural, mas ecoa para reflexões mais profundas no cenário político-social bacabalense. Falo da real valorização dos nossos talentos; falo das homenagens arbitrárias ou meramente egopolíticas de órgãos ou logradouros públicos como escolas, praças, ruas, estádios, etc.; falo da postura de alguns dos nossos edis quando da aprovação de projetos na egrégia câmara municipal.
Ora, veja, é por demais conhecida entre nós a máxima de que “Bacabal é um celeiro de artistas”, mas nesse entrar e sair de governos a nossa história, sobretudo nas últimas gestões, apenas continuou sua caminhada para o esquecimento, numa negligência jamais vista.  Os “artistas da terra”, ainda que talentosos, parecem mesmo não ter ainda nenhum respaldo de público e aceitação popular diante de qualquer oferta vinda de fora. Quem já houve de escutar algum clamor público por shows ou apresentações de artistas locais? Vendo por esses dias uns comentários em blogues da cidade sobre a programação de aniversário de Bacabal, fiquei um tanto pasmo com a preferência forasteira, cara e de qualidade duvidosa requerida por muitos de nossos internautas e não lembro ter visto algum enfocando a cultura local.
É, parece que realmente, sobretudo entre nós, “santo de casa não faz milagres”, mas deveria fazê-lo, se a própria câmara, em sintonia com o executivo, começassem a olhar, propor e assistir com carinho e orgulho o talento do povo, que a eles creditou confiança, afinal, a cultura é uma demanda política que requer a implementação de políticas públicas em todo o setor.
Enquanto não se fizer pelo nosso ordeiro povo; enquanto desse mesmo povo se tiver vergonha de sua cultura, e o pior, enquanto se achar a cultura “importante” apenas nas falácias de ocasião, e, enquanto não se descer as escadarias da periferia desse povo, apoiando-o em sua aptidão e sonhos, nunca teremos público no nosso palco ou nunca riremos do texto teatral de Dalva Santos, ainda que se intitule “Pão com ovo e carne”. Também nunca haveremos de comprar os CDs de Perboire Ribeiro, Deyse Caroline, Marcos Maranhão e conhecer o estilo de Johnny Rock Blues, o “Raul Seixas” bacabalense; nunca interpretaremos o enredo de “Zuíla louca”, de Costa Filho, nem recitaremos a poesia de Casanova e as louvações de Raimundo Sérgio; nunca assistiremos a um sarau literário ou uma exposição das artes plásticas do Roberto Lago; nunca enfeitaremos a nossa casa com uma peça do artesão Urquiza ou Ejoão Martins; nunca dançaremos o compasso do Bumba-Boi Vencedor. E, para lembrar o nosso personagem em pauta, nunca cantaremos a composição de algum docente ou discente da Escola de Música Almir Garcês Assaí.
Para o nosso povo prosperar cultural e historicamente com mais brilho e evolução, necessário se faz que os poderes executivo e legislativo e irmanem, substanciando a cultura com ação e apoio permanentes, usando também o paletó cultural, o discurso da ação e a caneta do compromisso com as nossas artes, já que uma cidade em suas manifestações culturais releva a face dos que a governam.
Outro fato a que se refere esta crônica é a postura de alguns dos nossos edis, que, sendo representantes do povo, muitas vezes contraria a vontade desse mesmo povo, que nunca é consultado, nem dispõe duma “tribuna popular”. O que às vezes se pensa é que alguns ali estão apenas para aprovar leis do executivo, sem por vezes questioná-las em função da lógica da conveniência política. E foi isso que aconteceu em pleito passado quando o nome do então Secretário de Estado da Cultura Francisco Padilha foi indicado para nomear a nascente Escola de Música. Não que ele não tivesse seus méritos na instalação da escola musical, mas será que o mesmo fazia disso tanta questão? E apoiar uma cultura nos municípios não estaria no bojo de seus deveres? Pelo sim, pelo não, ele foi eleito, à revelia da consulta popular e em detrimento do questionamento em favor do músico, escrivão e cidadão bacabalense Garcês Assaí. Note-se que na então época já atuavam na Casa Legislativa alguns dos que hoje a compõem, mas na época não viram em Assaí a grande relevância cultural delegada de modo unânime na recente sessão do dia 3 de abril. E por que Assaí não fora indicado na época pelos mesmos vereadores que agora o reconheceram como “homenageado merecido”? Pura conveniência política que renega seus filhos mais tradicionais e que, ao contrário disso, deveriam ser defendidos e valorizados.
Tal reflexão alcança ainda o fato de os prédios ou logradouros públicos estarem à mercê da troca de seus nomes ou batizados por nomes que nada tem a ver com a área, mas pelo simples fato de ser um político ou parente dele. Ora, defendo, e não são poucos os que comigo concordam, que uma homenagem pública tramite pelo princípio do reconhecimento justo e comprovado e não pelo critério do marketing político e da lisonja. Assim sendo não há sentido justo ou democrático, por exemplo, nomear uma escola ou creche com o nome de alguém que não tenha deixado seu legado como professor, assim como nomear uma casa de saúde em favor de alguém que não um médico, enfermeiro ou similar, ou ainda dar nome de quem nunca foi atleta a uma arena esportiva.
Infelizmente tais práticas têm se tornado corriqueiras nas câmaras e bancadas políticas, não havendo ruas, escolas, pontes, praças, hospitais e até cidades inteiras que escapem das artimanhas egopolíticas de louvação a governadores, prefeitos, senadores, presidentes, padrinhos políticos e tantas outros títulos que terminam menosprezando os verdadeiros heróis do povo.
Esperamos que isso sirva de reflexão aos nossos representantes, posto que o povo não comunga, e de algum modo está atento a essas práticas abusivas e muitas vezes dissimuladas.
Por fim, que possamos, povo e governo, legisladores e artistas cantarmos juntos a canção do progresso histórico-cultural de nossa cidade, irmanando-se nesse processo de valorização e reconhecimento dos filhos de bacabal através dessa nova gestão que tem sinalizado seus ares de boa vontade em alavancar nossa cultura.
Resta-nos, como fez o próprio Garcês Assaí, seguir o caminho da canção, assentando no livro de nossa história a esperança de um dia ocupar o nosso devido lugar nessa terra de artistas.