terça-feira, 21 de junho de 2011

Poesia Contemporânea Maranhense no Café Literário de junho em São Luis

Com o tema “A Poesia Maranhense Contemporânea”, mais uma edição do Café Literário será realizada pelo Centro de Criatividade Odylo Costa, filho (CCOCF), órgão da Secretaria de Estado de Cultura, nesta terça-feira (21), às 18h30. O bate-papo, que reúne autores maranhenses e amantes da literatura, terá participação da poetisa e membro da Academia Maranhense de Letras, Laura Amélia Damous, e dos poetas e jornalistas maranhenses Celso Borges e Paulo Melo Sousa, que também é ambientalista e pesquisador de cultura popular.
Os três comporão a mesa-redonda da noite. Segundo a diretora do Centro, Ceres Fernandes, o Café Literário, que tem se mostrado um espaço legítimo para discussões literárias. “Em cada Café há um enfoque literário diferente. Já passamos pelos aspectos histórico, teatro, cinema, homenagens e agora abordaremos a poesia contemporânea”, ressaltou.
Nesta edição, serão três gerações de poetas, cada uma com seu enfoque. Ainda na programação, serão apresentadas performances poéticas com os poetas Geraldo Iesen, Júlio César e Cláudia Matos.
O evento acontecerá na Galeria Valdelino Cécio, do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho (Rampa do Comércio, n° 200, Praia Grande). A entrada é franca.
OS POETAS
Laura Amélia Damous nasceu em Turiaçu (MA) e tem quatro livros editados. Veio para São Luís com oito anos de idade para estudar no Colégio Santa Teresa. Formou-se em bacharel em Filosofia pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Ocupou cargos públicos ligados a atividades culturais. Esteve à frente do Teatro Arthur Azevedo (1983), Superintendente de Interiorização da Cultura da Secretaria de Cultura (1992) e Secretaria de Estado de Cultura entre 1987 e 1989. Foi secretária-adjunta da Secma (1995/1997) e Sub-chefe da Casa Civil do Governo do Maranhão (1997-2004). Integrou o Conselho Estadual de Cultura, como presidente quando era Secretária da Cultura. Foi eleita para o Instituto Histórico e Geográfico em 2008.
Sua poesia é personalíssima, com lirismo contido e original, rigoroso e espontâneo ao mesmo tempo de grande força expressiva. Sua obra é inteiramente dedicada à poesia: “Brevíssima Canção do Amor Constante”, São Luís: Sioge,1985; “Arco do Tempo”, São Luís: Sioge, 1987; “Traje de Luzes”, São Luís: Sioge, 1993; e “Cimitarra”, São Luís: Uema, 2001.
Ocupa a Cadeira nº 6 da Academia Maranhense de Letras eleita em dezembro de 2002.
Celso Borges (Antonio Celso Borges Araujo) nasceu em 1959, em São Luís (MA). Poeta, jornalista e letrista viveu 20 anos em São Paulo e voltou a morar em São Luís em 2009. Parceiro de Chico César e Zeca Baleiro, entre outros, tem oito livros de poesia publicados: “Pelo avesso” (1985); “Persona non grata” (1990); “Nenhuma das respostas anteriores” (1996); XXI (2000); “Música” (2006) e “Belle Époque” (2010). “XXI” é uma antologia com um CD gravado com amigos - Chico César, Rita Ribeiro, Zeca Baleiro, entre outros.
No final dos anos 90, reúne poesia e música, em pesquisa, com referências que vão da música popular brasileira às experiências sonoras de vanguarda. O resultado desse trabalho é registrado nos livros-CDs – “XXI”, “Música” e “Belle Époque”, com participação de mais de 50 poetas e compositores brasileiros. Nos últimos seis anos, desenvolve os projetos Poesia Dub, com o DJ Otávio Rodrigues, e A Posição da Poesia é Oposição, com o guitarrista Christian Portela. Participou do Tim Festival (SP-2004); Baile do Baleiro, do compositor Zeca Baleiro (SP-2004); Festival Londrix (Londrina-2006); Catarse (Sesc Pompéia-2009) e Projeto Outros Bárbaros (Itaú Cultural, SP- 2005 e 2007).
Tem poemas publicados nas revistas de arte e cultura Coyote, Oroboro e Poesia Sempre (Biblioteca Nacional) e já ministrou oficinas de poesia em São Luís, Imperatriz (MA) e Palmas (TO). Atualmente, apresenta na Rádio Uol o programa Biotônico ao lado de Zeca Baleiro e do DJ Otávio Rodrigues e edita a revista Pitomba com os escritores Bruno Azevedo e Reuben da Cunha Rocha.
Paulo Melo Souza nasceu em São Luís do Maranhão. Formado em Desenho Industrial e Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, pela Universidade Federal do Maranhão. Um dos criadores, em 1985, do grupo Poeme-se. Ganhou duas vezes o Festival Maranhense de Poesia Falada, em 1985 e 1987. Atualmente, é professor do Curso de Comunicação Social da Ufma.
Os primeiros registros como escritor datam a partir de 1982, quando participou do Festival de Poesia Falada, promovido pela Ufma, onde ganhou duas menções honrosas. Posteriormente, foi classificado em terceiro e primeiro lugares do mesmo Festival em 1984 e 1987, respectivamente. Nos anos de 1985 e 86 passou a ser editado na revista Uns & Outros, a partir daí, seus poemas passam a ser publicados em vários números da revista.
Desde 1990, trabalha com educação ambiental, envolvido com a situação da ecologia no Planeta Terra. O primeiro livro de Paulo Melo Souza, “Rua Grande, Um Passeio no Tempo”, publicado em prosa, é uma obra memorialística, onde conta a história da rua de sua infância, da casa em que morou. O segundo livro, “Oráculo de Lúcifer” (1994) poemas-Sioge, obra classificada pelo Plano Editorial Sioge 94. O livro mais recente é “Visagem”, que ficou em 1ºlugar no Prêmio Sousândrade, pelo Concurso Cidade de São Luís, categoria poesia.
Fonte: Secma

sábado, 18 de junho de 2011

Poetas participantes de audiência pública pedem regulamentação da profissão de escritor



A atividade de escritor poderá ser uma profissão regulamentada. A sugestão foi apresentada por poetas e escritores que participaram, nesta quinta-feira (16), de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), em celebração ao Dia Nacional da Poesia – comemorada em 14 de março.
O presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), que requereu a audiência, pediu às entidades representativas da categoria a apresentação à comissão de um pré-projeto pela regulação da atividade. A iniciativa foi apresentada pelo professor Gustavo Dourado, que também é poeta e cordelista e preside a Academia de Letras de Taguatinga (DF). A academia é importante para o
reconhecimento público do escritor, mas a questão profissional precisa ser regulamentada, destacou Gustavo Dourado, ao observar que os cordelistas já têm sua atividade regulamentada. Alcinéa Cavalcante, filha do poeta Alcy Araujo, ressaltou
que, por não ter regulamentada sua profissão, os escritores desempenham outras atividades para sobreviverem. Ela afirmou ser poeta, mas se “disfarça” de jornalista ou professora.
Homenagens
O senado poderá editar livro com poesias de autoria dos poetas presentes à audiência pública, conforme sugeriu o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).Paulo Paim disse que vai apresentar projeto de lei para designar o mês de março como Mês da Poesia, em homenagem a ao poeta amazonense Thiago de Mello, que nasceu em 30 de março. O senador também pretende encaminhar requerimento para realização de sessão especial em março do próximo ano para celebrar o Dia Nacional da Poesia.
Código Florestal
Ao entregar a Paim livro de sua autoria, o poeta Thiago de Mello, que participou da audiência, pediu à sociedade brasileira que faça um “pacto de amor com a floresta amazônica”. O poeta afirmou discordar do projeto de lei que altera o Código Florestal, que tramita no Senado, por considerar que o atual texto induz ao desmatamento.
Thiago de Mello também presenteou o senador Pedro Simon (PMDB-RS) com exemplar de “Os Estatutos do Homem (Ato Institucional Permanente)” e pediu, de forma simbólica, que o texto fosse aprovado pelo Parlamento. Em seu primeiro artigo, a poesia, escrita em forma de norma legislativa, diz: “Fica decretado que agora vale a verdade. Agora vale a vida, e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira”.
O presidente da Casa do Poeta Brasileiro, seção do Distrito Federal, Luiz Carlos Cerqueira, também disse estar preocupado com o Código Florestal. Para ele, “certas liberações” na aprovação do Código Florestal podem prejudicar o meio ambiente.
Iara Farias Borges / Agência Senado