domingo, 27 de novembro de 2011

Café Literário acontecerá nesta terça-feira, no Centro de Criatividade Odylo CostA, filho

Um espaço dedicado à literatura, com palestras, debates e viagens literárias. Assim é o projeto Café Literário, que acontece sempre na última terça-feira do mês, no Centro de Criatividade Odylo Costa, filho. Nesta terça (29), acontecerá a última edição do “Café” da programação de 2011. Os convidados são os escritores maranhenses José Ewerton Neto e Ronaldo Costa Fernandes, que apresentarão uma palestra com a temática do romance, às 18h30, na galeria Valdelino Cécio, no Centro de Criatividade.

Ao logo do ano foram nove edições de conversas entre autores maranhenses (poetas, romancistas, historiadores, literatos, pesquisadores), com um saldo mais que positivo, confirmando o programa no calendário cultural da cidade.

Alguns importantes nomes da literatura maranhense que participaram do Café Literário em 2011: Alberto Tavares Vieira da Silva e Joaquim Itapary, Andréa Daher, Laura Amélia Damous, Antonio Martins de Araújo, Regina Faria e Glória Correia e Ubiratan Teixeira.

Convidados
José Ewerton Neto, ocupante da Cadeira 11 da Academia Maranhense de Letras, natural da cidade de Guimarães (MA), morou no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia. Formado em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, é Pós-Graduado em Letras e Literatura pela Faculdade Atenas Maranhense (FAMA), e em Jornalismo Cultural pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Na literatura atua como poeta, prosador e cronista maranhense. Seus livros foram premiados e publicados em diversos órgãos do Maranhão.

Ronaldo Costa Fernandes nasceu no Maranhão, morou no Rio de Janeiro, Brasília e na Venezuela, onde dirigiu o Centro de Estudos Brasileiros da Embaixada do Brasil. Doutor em Literatura pela Universidade de Brasília (UnB), foi vencedor no Prêmio de Poesia 2010, da Academia Brasileira de Letras com o livro "A Máquina das mãos". Também ganhou o prêmio Casas de Lãs Américas, com o romance "O Morto Solidário". Foi vencedor ainda no Prêmio Bolsa de Literatura pela Fundação Cultural do Distrito Federal (DF) com o livro "Terratreme".
FONTE: O Imparcial

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Feira do Livro de São Luís será aberta na próxima sexta na Maria Aragão

Estrutura da Feira do Livro está sendo montada na Praça Maria Aragão
No Espaço Cultural funcionará o Espaço do Livro, onde cerca de 60 estandes, com estrutura adequada e ambiente climatizado, reunirão editoras, livreiros e artesãos para exposição e venda de cerca de 70 mil títulos e produtos regionais.
“Adotamos um intenso ritmo de trabalho, que iniciou há vários meses, para que nenhum detalhe escape ao que foi planejado e para que possamos estar à altura das tradições literárias de São Luís”, garante o coordenador geral da Feira, José Maria Paixão.
O patrono e a poesia
Este ano, a Feira tem como patrono o poeta, cronista, jornalista e membro da Academia Maranhense de Letras (AML), José Chagas. Além do patrono, também serão homenageados o teatrólogo Aldo Leite, a professora Sônia Almeida, o cantor e compositor João do Vale e o professor e escritor Mário Meireles.
A escolha do patrono influenciou diretamente na escolha do tema “Poesia”, já que José Chagas reverencia bem, por meio de suas poesias, a nostalgia expressa nos casarões, mirantes, azulejos, pedras de cantaria e becos, levando o leitor à reflexão sobre o passado e a atual visão social, política, cultural e patrimonial da cidade.
Dessa forma, a campanha criada para este ano levará a frase “Dos mirantes da memória aos becos da saudade, São Luís, revela a tua poesia”, onde a proposta é convocar antigos e jovens poetas a perdurar a tradição literária da cidade.
“A ideia é trazer à tona a poesia tão bem representada pelos seus antigos poetas, que hoje anda esquecida pelos jovens desta cidade. É trazer de volta a nostalgia expressa em seus casarões, azulejos, pedras de cantaria e becos, para que continuem a inspirar novos poetas e para que, também, respirem a poesia que São Luís exala”, assegurou o presidente da Func, Euclides Moreira Neto.
Durante os dez dias, a programação contará com a realização de seminários, encontros, oficinas, cursos, rodas de conversa, lançamentos e relançamentos de livros, exibição de filmes e programação especial para o público infantil e juvenil acontecendo simultaneamente em espaços diferentes, no horário das 14h às 22h.
Os leitores de São Luís terão a oportunidade de visitar os estandes das mais conceituadas editoras e livrarias do Brasil durante a Feira do Livro. Além da maior oferta de títulos que estarão em exposição, o público poderá assistir a lançamentos e re-lançamentos de livros e bate-papos com os escritores. Entre as editoras que confirmaram presença estão: Senado Federal, Ática/Scipione, Barsa Planeta, Cortez Editora, Paulus, entre outras.
Escritora pernambucana é atração
A escritora pernambucana Luzilá Gonçalves Ferreira será uma das atrações da 5ª edição da Feira do Livro de São Luís. Ela participará do evento no dia 26 (sábado), às 18h, no Auditório José Chagas, em um bate-papo sobre a sua trajetória literária; e às 20h, na Casa do Escritor, relançando os livros Deixa ir meu povo (romance) e Pedaços (crônica).
Luzilá Ferreira descobriu a literatura por volta dos dez anos de idade. O mais curioso foi o que provocou essa descoberta: o sarampo. Doente, a mãe de Luzilá decidiu isolá-la das outras irmãs para que não houvesse transmissão da doença. Sozinha no quarto, deparou-se com os livros deixados pelo irmão mais velho, que havia se casado recentemente. “Comecei pelo Sofrimento do jovem Werther, de Goethe. E segui lendo outros clássicos da literatura que havia lá. Não entendia quase nada, mas, ainda assim, foi uma descoberta fascinante”, relembrou.
A partir daí, a jovem Luzilá passou a se questionar sobre o poder que a palavra possui. “Talvez venha desse questionamento minha vocação para o magistério”, destaca. Daí em diante, a escritora passou a se dedicar, ainda mais, aos estudos e às leituras. E, quando começou a escrever, o fez de forma tímida, como ainda hoje acontece. “Eu sempre tenho que ter algum motivo, seja uma conversa que ouço, um fato repentino, um perfume. Qualquer coisa que rompa com a rotina”, disse ela.
A escritora
Natural de Garanhuns, interior de Pernambuco, Luzilá é escritora, professora e doutora em Estudos Literários pela Universidade Paris 7. Publicou, no gênero de estudo das mulheres, "Em busca de Thargélia" (1992, 1996), "Suaves amazonas, mulheres e abolição no Nordeste" (1999), e duas biografias: "Lou Andrea Salomé: cinzas no jardim" (1982), e "Humana demasiado humana" (2000). Organizou e traduziu ao lado de Didie Lamaison o título "Poésie e La machine du monde" antologias de Carlos Drummond de Andrade (Gallimard, 1990, 2005) e "Dans la nuit véloce", de Ferreira Gullar (Ed. Carvalho, Paris, 2005). Publicou também: "Pedaços, crônicas" (pela editora Bagaço, 2010) e seis romances: "Muito além do corpo" (Scipione, 1987, Néctar 2008), "A garça mal ferida" (Lê, 1993, 2009), "Voltar a Palermo", (Rocco 2002), "No tempo frágil das horas" (Rocco, 2003), "Deixa ir meu povo" (Calibán, 2010).
FONTE; jp

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Escritor Mário Prata confirma participação na 5ª Feira do Livro de São Luís

Faltando pouco mais de dez dias para o início do maior e mais esperado evento literário do Maranhão, a Fundação Municipal de Cultura (Func), coordenadora da Feira do Livro de São Luís, já confirmou a participação do escritor mineiro Mário Prata, que estará no dia quatro de dezembro, às 18h30, no Auditório José Chagas, integrando a programação do evento.
Mário Prata ministrará uma palestra sobre os livros “O diário de um magro” e “O diário de um magro 2 - A volta ao SPA”, onde contará sua experiência frequentando um SPA por cerca de 15 anos. Sendo um magro assumido, ele revelará histórias e emoções que misturam aspectos psicológicos e físicos de pessoas que fazem de tudo pelo simples prazer de comer.
A palestra debaterá, também, questões relevantes da sociedade contemporânea, como os novos padrões de beleza, a busca pela boa forma, além dos valores que a sociedade adota como sendo normais. Tudo em um tom dinâmico e descontraído, como grande parte das obras produzidas pelo autor, onde sempre estão presentes o bom humor e a sensibilidade de uma literatura cheia de sabores.
O escritor
Mario Alberto Campos de Morais Prata é natural de Uberaba (MG), onde nasceu no dia 11 de fevereiro de 1946, mas foi criado em Lins, interior de São Paulo. Com dez anos de idade já escrevia crônicas. Nesse período, era o redator do jornalzinho de sua classe na escola. Sendo vizinho de frente do jornal A Gazeta de Lins, com 14 anos começou a escrever a coluna social com o pseudônimo de Franco Abbiazzi. Passou, com o tempo, a fazer de tudo no jornal, desde editoriais a reportagens esportivas e artigos de peso.
Lia tudo o que lhe caía nas mãos, em especial as famosas revistas da época "O Cruzeiro" e "Manchete", que traziam em suas páginas os melhores cronistas da época como Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Henrique Pongetti, Rubem Braga, Millôr Fernandes e Stanislaw Ponte Preta. Em 1969, ingressa no curso de Economia na USP, onde inicia a sua carreira lançando o livro “O homem que morreu de rir”.
A partir de então, Prata vem obtendo sucesso com inúmeros livros, novelas, peças, roteiros, etc., tendo sido agraciado com diversos prêmios nacionais e internacionais. Escreveu, semanalmente, na revista "Época" e no jornal "O Estado de São Paulo" por vários anos.
A Feira
A Feira do Livro acontecerá, na Praça Maria Aragão, no período de 25 de novembro a 04 de dezembro. Esta 5ª edição tem como patrono o poeta, cronista, jornalista e membro da Academia Maranhense de Letras, José Chagas. Além do patrono, também serão homenageados mais quatro personalidades literárias e culturais do nosso estado: o teatrólogo Aldo Leite, a professora Sônia Almeida, o cantor e compositor João do Vale e o escritor Mário Meirelles.
Promovida pela Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func), e co-realizada pelo Serviço Social do Comércio (SESC/MA), o evento conta com a parceria da Vale, Associação dos Livreiros do Estado do Maranhão (ALEM), Academia Maranhense de Letras (AML), Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Secretaria Municipal de Educação (Semed) e Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (IHGM).

domingo, 9 de outubro de 2011

Você conhece a origem destas expressões?

JURAR DE PÉS JUNTOS
Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu. A expressão surgiu através das 
torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias 
tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado pra dizer nada 
além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo 
que uma pessoa diz. 

MOTORISTA BARBEIRO
Nossa, que cara mais barbeiro! No século XIX, os barbeiros faziam não 
somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, 
cortavam calos, etc., e por não serem profissionais, seus serviços mal 
feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal 
feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse 
termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou 
seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira.. 

TIRAR O CAVALO DA CHUVA
Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje! 
No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao 
relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo 
nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o 
convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião 
percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da 
chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de 
alguma coisa. 

À BEÇA
O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do 
dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano 
Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do 
Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas. 

DAR COM OS BURROS N'ÁGUA: 
A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que 
escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à 
Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, 
devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e 
regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo 
passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra 
conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo. 

GUARDAR A SETE CHAVES: 
No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de 
joias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro 
fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do 
reino. Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser 
utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das 
religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a 
sete chaves" pra designar algo muito bem guardado.. 

OK: 
A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida pra significar 
algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. 
Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma 
morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 killed" (nenhum morto), 
expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK". 

ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS
Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas 
enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro 
que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados 
viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da 
traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir 
daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e 
inacessível. 

PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA
A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das 
tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma 
de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma 
bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se 
lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto 
morreu. 

PARA INGLÊS VER
A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o 
Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, 
todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram 
criadas apenas "pra inglês ver". Daí surgiu o termo. 

RASGAR SEDA
A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, 
surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na 
peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar 
uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça 
percebe a intenção do rapaz e diz: "Não rasgue a seda, que se esfiapa". 

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER: 
Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul 
D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. 
Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a 
enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele 
imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O 
caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e 
entrou pra história como o cego que não quis ver. 

ANDA À TOA
Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa 
é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca 
determinar. 

QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO
Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente 
se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, 
astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos. 

DA PÁ VIRADA: 
A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está 
virada pra baixo, voltada pro solo, está inútil, abandonada decorrentemente 
pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita. 

NHENHENHÉM
Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, 
os indígenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os 
portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen". 

VAI TOMAR BANHO: 
Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene 
dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como 
corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de 
outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, 
o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se 
lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore 
pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro 
exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas 
com frequência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava 
repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber 
ordens dos portugueses, mandavam que fossem "tomar banho". 

ELES QUE SÃO BRANCOS QUE SE ENTENDAM
Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século 
XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus 
comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português... O capitão 
reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu 
do português a seguinte frase: "Vocês que são pardos, que se entendam". O 
oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom 
Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar 
conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que 
estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos 
brancos, cá nos entendemos. 

A DAR COM O PAU 
O substantivo "pau" figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão 
teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer 
durante a travessia e, pra isso, deixavam de comer. Então, criou-se o "pau 
de comer" que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam 
sapa e angu pro estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a 
expressão. 

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FURA: 
Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino 
Ovídio ( 43 a .C.-18 d.C), autor de célebres livros como "A arte de amar "e 
Metamorfoses", que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: 
“A água mole cava a pedra dura". É tradição das culturas dos países em que a 
escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase pra que sua 
memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio, portugueses 
e brasileiros.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Café Literário de setembro terá palestra de historiadoras

Duas historiadoras da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) estarão à frente dos debates do Café Literário deste mês, que será realizado, nesta terça-feira (27), 18h30, na Galeria Valdelino Cécio, Centro de Criatividade Odylo Costa Filho (Centro Histórico da Praia Grande, próximo ao estacionamento), em São Luís.
O Café Literário é promovido pelo Centro de Criatividade, órgão da Secretaria de Estado de Cultura (Secma). A programação que acontece uma vez ao mês, é aberta ao público. Gira em torno de um tema discutido por literatos, artista, jornalistas, pesquisadores acadêmicos, entre outros.
A primeira palestra de terça-feira é “Mulheres Pobres: representações literárias”, com a historiadora Maria da Glória Correia, doutora em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). A professora, Regina Martins de Faria, doutora em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), fala, em seguida, sobre “Sujeito Escravizado”.
Glória Correia pesquisa a mulher quanto ao gênero, à dimensão étnico-racial de mulheres negras, brancas, escravas, pobres, etc. Tem como base empírica pesquisas em fontes históricas do século XIX ao século XX. O objetivo dela é fomentar o debate e a reflexão envolvendo desigualdade e violência. Ela é autora do livro “Nos Fios da Trama: Quem é essa mulher?”.
Regina de Faria é coordenadora do grupo de pesquisa Sociedade, Memória e Poder. Tem artigos publicados em coletâneas, eventos científicos e revistas nacionais. Organizou com Antônio Torres Montenegro, o livro Memória de Professores.
“Analisei a visão da elite letrada do Maranhão, acerca dos sujeitos escravizados e de seus possíveis substitutos, no processo de transição do trabalho escravo para o trabalho livre: os imigrantes (principalmente o europeu), os índios e os livres pobres nacionais”, explicou Regina Faria.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Um inimigo chamado Língua Portuguesa

Um bom currículo pode ser o passaporte para se conseguir o tão sonhado emprego, mas conhecer bem a língua portuguesa, com toda a certeza, tem um peso ainda maior. Afinal, é inaceitável relatórios e projetos escritos com erros gramaticais. 
Foto: Reprodução internet
Atualização é uma maneira de dominar o Português | Foto: Reprodução internet
Para o professor Amauri Franco, do Centro de Estudos Guerra de Moraes, existem várias explicações para a falta de intimidade com o português. "O principal motivo é o hábito da leitura não ser tão estimulado na fase pós-alfabetização. O segundo é a maneira como é ensinado nas escolas, que é muito voltado para a classificação das palavras, ou análise sintática de termos, associada à disseminação de regras de flexão de palavras, sem que tais conceitos sejam aplicados aos contextos textuais", revela.
Segundo o especialista, o que acaba acontecendo no ensino é incentivar o 'decoreba' de conceitos maçantes, que dificultam a percepção de sua importância prática para a comunicação diária.
"É preciso levar em conta também que as gerações contemporâneas vivem em um estágio tecnológico em que a comunicabilidade deve ser muito rápida e prática, principalmente dos modernos meios eletrônicos e digitais, como o Facebook, Twitter ou mesmo a produção de cartas eletrônicas (e-mail)", afirma Amauri Franco.
A professora do Instituto IOB, Clodonea Ferreira, reforça esta posição. "O sistema educacional, cada vez mais nivelando por baixo, fez com que o aluno perdesse a referência culta da língua", garante.
Articulação
Amauri Franco  lembra que  é preciso saber diferenciar os níveis de linguagem, adequando ao contexto em que se está. " No mundo empresarial, exige-se a linguagem formal, não apenas por questões de elegância, mas pela necessidade de compreensão clara da mensagem por todos os envolvidos. O candidato  que não souber aspectos fundamentais da Língua Portuguesa, principalmente nos tópicos de concordância, regência, flexão verbal e colocação pronominal, terá dificuldade ", garante.
Segundo os dois professores existem algumas regras que podem ajudar bastante, tanto para quem está procurando emprego como para quem já está empregado.
" A necessidade de expor com clareza as ideias exige que a pessoa tenha um bom conhecimento da Língua Portuguesa. Devido ao desconhecimento, frequentemente o indivíduo revela-se incapaz de uma boa comunicação seja falando ou escrevendo. Em um ambiente de trabalho, sobressai-se aquele que for bem articulado. Por isso, evite falar muito. Procure ser objetivo e conciso em suas respostas. Jamais empregue uma palavra sem ter segurança quanto ao significado e à pronúncia", diz Clodonea Ferreira.
Outra dica vem do professor Amauri Franco." Primeiramente estudar a Língua, com ajuda de gramáticas e cursos especializados, além de relacionar-se com pessoas cultas e assistir a bons filmes e documentários", finaliza.

domingo, 28 de agosto de 2011

Raimundo Correia é o homenageado do Café Literário

Foto: Divulgaçãoampliar

Raimundo Correia é o homenageado do Café Literário
  A edição do Café Literário, promovido pela Secretaria de Estado da Cultura (Secma), por meio do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, nesta terça-feira (30), a partir das 18h30, traz na programação a palestra “A poética de Raimundo Correia”, ministrada pelo professor filólogo doutor Antonio Martins de Araújo (foto), pelos 100 anos do falecimento do poeta maranhense Raimundo Correia.
Martins de Araújo é doutor em Letras Vernáculas (Literatura Brasileira) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor aposentado de língua portuguesa da mesma instituição. Atualmente, é considerado a maior autoridade na obra de Arthur Azevedo. Membro da Academia Brasileira de Filologia (ABF) e da Academia Maranhense de Letras (AML), reside na cidade do Rio de Janeiro e é ministrante em cursos de mestrado no Brasil e no exterior.
A mediação da palestra ficará por conta do professor e escritor graduado em Letras pela Universidade Federal do Maranhão e Pós-graduado em Literatura Brasileira pela PUC-MG, José Néres Costa. A diretora do Centro de Criatividade Odylo Costa, filho, Ceres Costa Fernandes, ressalta que o Café Literário serve para fomentar a preservação e a discussão sobre a poesia maranhense. “O Café é aberto à comunidade intelectual, estudantes, leitores e simpatizantes da produção cultural e poética maranhense, suscitando a descoberta de nossos escritores e a preservação de tão vasta e boa obra”, afirmou.
O Café Literário é realizado, sempre, na última terça feira de cada mês. O Centro de Criatividade Odylo Costa, filho é sediado na Rua Rampa do Comércio n° 200, Praia Grande.
As informações são da Secretaria de Estado da Cultura.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Alunos da rede estadual participam de palestra com escritor Laurentino Gomes

Foto: Divulgaçãoampliar

Alunos da rede estadual participam de palestra com escritor Laurentino Gomes
SÃO LUÍS - Alunos e gestores de 13 escolas da rede estadual de ensino, localizadas em São Luís, participaram, na manhã desta terça-feira (23), no auditório do Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, de uma palestra com o escritor Laurentino Gomes. O evento faz parte da programação do VII Festival Geia de Literatura, sediado em São José de Ribamar, e que pela primeira vez tem uma extensão de suas atividades em São Luís.
O momento literário abrigou uma grande platéia que pode se deleitar com uma explanação sobre a construção de um país “com uma história completamente diferente e bela” – como definiu o autor em breves palavras a historicidade do país.
Laurentino Gomes comentou as suas obras através de pontos históricos que utilizou na construção das peças literárias: 1808 e 1822. No primeiro livro, o escritor explica por meio de fatos descritos pela história, como uma rainha com problemas mentais, um príncipe contestado e tido como medroso, e uma corte corrupta enganaram de forma magistral, Napoleão Bonaparte e mudaram a história de Portugal e do Brasil. Na segunda obra, o foco é centrado em três personagens que ajudaram D. Pedro I a criar o Brasil, dentre eles a Princesa Isabel. “O Brasil é um país com uma história muita rica e diferente dos demais países. É necessário que venhamos a estudar a nossa história no sentido de buscar elementos que ilumine o passado para entendermos o nosso presente, e assim, venhamos a construir o futuro.
Uma sociedade que não estuda a sua história não constrói o seu futuro”, comentou o escritor.De acordo com os alunos, espaços como esses são importantes para a construção de uma sociedade crítica e voltada para a resolução de questões que envolvem o povo brasileiro. “Esses espaços nos permitem perceber que uma nova sociedade vem se construindo. Estamos em um novo momento, no qual fóruns como esses vêm acontecendo no intuito de construir uma sociedade mais crítica e esclarecida”, afirmou Ana Amélia, aluna da CE Edison Lobão (Cegel).
Para a secretária-adjunta de Ensino da Seduc, Graça Tajra, a promoção de eventos com essa temática é de grande importância, pois fomenta nos alunos a descoberta da literatura e o gosto pela leitura. “Esse momento é imprescindível na vida social, escolar e acadêmica de toda sociedade. É muito significativa a elaboração e execução de eventos com essa magnitude, que proporciona ao público uma maior interatividade com os autores brasileiros. Por essa razão, estamos oportunizando aos nossos alunos momentos como esses que possibilitam uma interação com o escritor, que transcreve suas obras de acordo com a linguagem dos jovens”, afirmou.
Festival Geia de Literatura
A sétima edição do Festival Geia de Literatura vai acontecer, a partir desta quarta-feira (24) e se estende até sexta-feira (26), reunindo intelectuais, escritores, romancistas, cronistas e poetas, em contato direto com a população do município de São José de Ribamar. Durante o evento, o público vai participar de palestras, feira de livros e oficinas literárias, valorizando a cultura e a tradição literária maranhense.
Este ano, estarão na programação do festival: a Gincana Geia do Conhecimento; o III Desafio de Literatura, a II Olimpíada de Matemática, o II Concurso Professor Pesquisador e o I Prêmio Geia de Monografia.
As informações são da Secom do Estado.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Expressões Curiosas na Língua Portuguesa.

EXPRESSÕES CURIOSAS

  JURAR DE PÉS JUNTOS:
Mãe, eu juro de pés juntos que não fui eu.A expressão surgiu através das torturas executadas pela Santa Inquisição, nas quais o acusado de heresias tinha as mãos e os pés amarrados (juntos) e era torturado pra dizer nada além da verdade. Até hoje o termo é usado pra expressar a veracidade de algo que uma pessoa diz.

MOTORISTA BARBEIRO :

Nossa, que cara mais barbeiro!No século XIX, os barbeiros faziam não somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas também, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por não serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daí, desde o século XV, todo serviço mal feito era atribuído ao barbeiro, pela expressão "coisa de barbeiro". Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira..

TIRAR O CAVALO DA CHUVA:

Pode ir tirando seu cavalinho da chuva porque não vou deixar você sair hoje!No século XIX, quando uma visita iria ser breve, ela deixava o cavalo ao relento em frente à casa do anfitrião e se fosse demorar, colocava o cavalo nos fundos da casa, em um lugar protegido da chuva e do sol. Contudo, o convidado só poderia pôr o animal protegido da chuva se o anfitrião percebesse que a visita estava boa e dissesse: "pode tirar o cavalo da chuva". Depois disso, a expressão passou a significar a desistência de alguma coisa.

À BEÇA :
O mesmo que abundantemente, com fartura, de maneira copiosa. A origem do dito é atribuída às qualidades de argumentador do jurista alagoano Gumercindo Bessa, advogado dos acreanos que não queriam que o Território do Acre fosse incorporado ao Estado do Amazonas.

DAR COM OS BURROS N ' ÁGUA :

A expressão surgiu no período do Brasil colonial, onde tropeiros que escoavam a produção de ouro, cacau e café, precisavam ir da região Sul à Sudeste sobre burros e mulas. O fato era que muitas vezes esses burros, devido à falta de estradas adequadas, passavam por caminhos muito difíceis e regiões alagadas, onde os burros morriam afogados. Daí em diante o termo passou a ser usado pra se referir a alguém que faz um grande esforço pra conseguir algum feito e não consegue ter sucesso naquilo.

GUARDAR A SETE CHAVES:

No século XIII, os reis de Portugal adotavam um sistema de arquivamento de jóias e documentos importantes da corte através de um baú que possuía quatro fechaduras, sendo que cada chave era distribuída a um alto funcionário do reino.Portanto eram apenas quatro chaves. O número sete passou a ser utilizado devido ao valor místico atribuído a ele, desde a época das religiões primitivas. A partir daí começou-se a utilizar o termo "guardar a sete chaves" pra designar algo muito bem guardado..
 
OK:  
A expressão inglesa "OK" (okay), que é mundialmente conhecida pra significar algo que está tudo bem, teve sua origem na Guerra da Secessão, no EUA. Durante a guerra, quando os soldados voltavam para as bases sem nenhuma morte entre a tropa, escreviam numa placa "0 killed" (nenhum morto), expressando sua grande satisfação, daí surgiu o termo "OK".

ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS :

Existe uma história não comprovada, de que após trair Jesus, Judas enforcou-se em uma árvore sem nada nos pés, já que havia posto o dinheiro que ganhou por entregar Jesus dentro de suas botas. Quando os soldados viram que Judas estava sem as botas, saíram em busca delas e do dinheiro da traição. Nunca ninguém ficou sabendo se acharam as botas de Judas. A partir daí surgiu à expressão, usada pra designar um lugar distante, desconhecido e inacessível.

PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA :

A história mais aceitável para explicar a origem do termo é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Um filho do rei Absalão tinha grande apego a uma bezerra que foi sacrificada. Assim, após o animal morrer, ele ficou se lamentando e pensando na morte da bezerra. Após alguns meses o garoto morreu.

PARA INGLÊS VER:

A expressão surgiu por volta de 1830, quando a Inglaterra exigiu que o Brasil aprovasse leis que impedissem o tráfico de escravos. No entanto, todos sabiam que essas leis não seriam cumpridas, assim, essas leis eram criadas apenas "pra inglês ver". Daí surgiu o termo.

RASGAR SEDA :

A expressão que é utilizada quando alguém elogia grandemente outra pessoa, surgiu através da peça de teatro do teatrólogo Luís Carlos Martins Pena. Na peça, um vendedor de tecidos usa o pretexto de sua profissão pra cortejar uma moça e começa a elogiar exageradamente sua beleza, até que a moça percebe a intenção do rapaz e diz: "Não rasgue a seda, que se esfiapa".

O PIOR CEGO É O QUE NÃO QUER VER :  

Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D`Argent fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos pra Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imaginava era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou pra história como o cego que não quis ver.

ANDA À TOA:

Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está à toa é o que não tem leme nem rumo, indo pra onde o navio que o reboca determinar.

QUEM NÃO TEM CÃO, CAÇA COM GATO :

Na verdade, a expressão, com o passar dos anos, se adulterou. Inicialmente se dizia quem não tem cão caça como gato, ou seja, se esgueirando, astutamente, traiçoeiramente, como fazem os gatos.

DA PÁ VIRADA:

A origem do ditado é em relação ao instrumento, a pá. Quando a pá está virada pra baixo, voltada pro solo, está inútil, abandonada decorrentemente pelo Homem vagabundo, irresponsável, parasita.

NHENHENHÉM :  

Nheë, em tupi, quer dizer falar. Quando os portugueses chegaram ao Brasil, os indìgenas não entendiam aquela falação estranha e diziam que os portugueses ficavam a dizer "nhen-nhen-nhen".

VAI TOMAR BANHO :  

Em "Casa Grande & Senzala", Gilberto Freyre analisa os hábitos de higiene dos índios versus os do colonizador português. Depois das Cruzadas, como corolário dos contatos comerciais, o europeu se contagiou de sífilis e de outras doenças transmissíveis e desenvolveu medo ao banho e horror à nudez, o que muito agradou à Igreja. Ora, o índio não conhecia a sífilis e se lavava da cabeça aos pés nos banhos de rio, além de usar folhas de árvore pra limpar os bebês e lavar no rio as redes nas quais dormiam. Ora, o cheiro exalado pelo corpo dos portugueses, abafado em roupas que não eram trocadas com freqüência e raramente lavadas, aliado à falta de banho, causava repugnância aos índios. Então os índios, quando estavam fartos de receber ordens dos portugueses, mandavam que fossem "tomar banho".

ELES QUE SÃO BRANCOS QUE SE ENTENDAM :

Esta foi das primeiras punições impostas aos racistas, ainda no século XVIII. Um mulato, capitão de regimento, teve uma discussão com um de seus comandados e queixou-se a seu superior, um oficial português.. O capitão reivindicava a punição do soldado que o desrespeitara. Como resposta, ouviu do português a seguinte frase: "Vocês que são pardos, que se entendam". O oficial ficou indignado e recorreu à instância superior, na pessoa de dom Luís de Vasconcelos (1742-1807), 12° vice-rei do Brasil. Ao tomar conhecimento dos fatos, dom Luís mandou prender o oficial português que estranhou a atitude do vice-rei. Mas, dom Luís se explicou: Nós somos brancos, cá nos entendemos.

A DAR COM O PAU :
O substantivo "pau" figura em várias expressões brasileiras. Esta expressão teve origem nos navios negreiros. Os negros capturados preferiam morrer durante a travessia e, pra isso, deixavam de comer. Então, criou-se o "pau de comer" que era atravessado na boca dos escravos e os marinheiros jogavam sopa e angu pro estômago dos infelizes, a dar com o pau. O povo incorporou a expressão.

ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA, TANTO BATE ATÉ QUE FUR
A:

Um de seus primeiros registros literário foi feito pelo escritor latino Ovídio ( 43 a .C.-18 d.C), autor de célebres livros como "A arte de amar "e "Metamorfoses", que foi exilado sem que soubesse o motivo. Escreveu o poeta: "A água mole cava a pedra dura". É tradição das culturas dos países em que a escrita não é muito difundida formar rimas nesse tipo de frase pra que sua memorização seja facilitada. Foi o que fizeram com o provérbio, portugueses e brasileiros

domingo, 14 de agosto de 2011

Abertas as inscrições para concurso literário de São Luís até o dia 31

A Prefeitura de São Luís, por meio da Fundação Municipal de Cultura (Func), informa que as inscrições para a 34ª edição do Concurso Literário e Artístico “Cidade de São Luís” estão abertas até o dia 31 de agosto.
A participação é gratuita e aberta a escritores, jornalistas, intelectuais, estudantes e pesquisadores maranhenses, maiores de 18 anos, que apresentem trabalhos originais, dirigidos ao público infanto-juvenil ou adulto.
As inscrições serão feitas na Func e na Casa dos Blocos Tradicionais, de segunda a quinta-feira, das 14h às 18h, mediante entrega de trabalhos com o devido preenchimento da ficha de inscrição.

Para cada trabalho inscrito, o concorrente deverá apresentar três vias e anexar um envelope pequeno lacrado contendo, na parte interna, o nome da obra e os dados pessoais do autor (nome, endereço, RG, e CPF) para identificação após julgamento.
FONTE: JP

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

João Batalha divulga livro sobre a história de Arari

A história de Arari, município que nasceu como freguesia de Nossa Senhora de Nazaré do Mearim, criada em 1723 e situado à margem direita do rio Mearim, está agora registrada num livro de fôlego: “Um passeio pela história do Arari”, do historiador João Francisco Batalha, prestes a ser lançado em São Luís.
Ao longo de 374 páginas, ricamente ilustradas com fotos antigas, o livro descreve os fatos relevantes da história do município, cujo território foi visitado pelos franceses e onde Bequimão buscou refúgio contra a perseguição do governo, mas traz também curiosidades, como os “destaques ararienses” e a narração de episódios pitorescos.
Um dos traços marcantes da população arariense, ao longo de história, é um acentuado bairrismo, de acordo com o livro de João Batalha. Ele conta que, limítrofes, os municípios de Vitória do Mearim e Arari sempre alimentaram uma rivalidade saudável.
Em certa época, para zombar do progresso mais lento do vizinho, os ararienses comparavam o consumo de carne de uma cidade com o da outra, em versos como esses: “Em Arari, todos os dias,/ Matam-se três bois, vende-se tudo, e tem freguês./ Em Vitória, em uma semana,/ Mata-se um boi, vende-se um quarto e salgam três”.
FONTE: JP

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Func recebe propostas para a quinta edição da ''Feira do Livro''

fonte: Maurício Araya/Imirante, com informações da Func

SÃO LUÍS - A Fundação Municipal de Cultura (Func) está recebendo as propostas para a quinta edição, da Feira do Livro de São Luís, que ocorre de 3 a 14 de novembro, na Praça Maria Aragão, em São Luís. Para participar, os autores, palestrantes, artistas, universidades, instituições culturais, palestrantes e grupos artísticos interessados em apresentar trabalhos, fazer lançamentos, proferir palestras, apresentar jogos lúdicos, performances e outros tipos de atividades, devem mostrar suas propostas até o dia 19 de agosto.
As propostas devem ser encaminhadas à sede da Func, que fica na rua Isaac Martins, nº 141, Centro, ou, ainda, para o e-mail 5feiradolivro@gmail.com, contendo justificativa, objetivos e metodologia e, a título de sugestão, o proponente poderá, também, indicar a data de sua atividade, assim como especificar as condições técnicas para que a mesma possa ocorrer.
No caso de editoras e livreiros, os interessados deverão informar na proposta a metragem que desejam utilizar para uso de stands (a partir da medida padrão de 15 m²), podendo ser multiplicada. Neste caso, o tamanho definitivo de cada stand será calculado a partir da área utilizada.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ministério Público investiga situação de bibliotecas escolares em São Luís

A instalação de bibliotecas em espaços inadequados, falta de atualização do acervo, desorganização dos livros e ausência de bibliotecários foram problemas detectados pela Promotoria de Defesa da Educação de São Luís nas escolas da capital. A pesquisa foi realizada em 2010 e apesar da situação desfavorável, a Prefeitura de São Luís e o Governo Estadual não adotaram medidas para regularizar o quadro.
Ministério Público quer escolas com boas bibliotecas
Para apurar a situação, o MPMA instaurou dois inquéritos civis e vai realizar diligências nas escolas. A ideia é propor um acordo, com as instituições responsáveis, para resolver o problema. Em último caso, o Ministério Público deve ajuizar Ação Civil Pública, requisitando judicialmente a regularização e instalação das bibliotecas.
Nas escolas da rede estadual, 80% possuem bibliotecas. Mas há bibliotecários em apenas 14% delas. “A ausência de profissional habilitado dificulta o acesso às informações de forma eficiente. Além disso, a má conservação e desorganização do acervo é um elemento prejudicial aos estudantes”, explica o promotor de Justiça Paulo Silvestre Avelar Silva.
A situação é mais grave na rede municipal de educação. Entre as 145 escolas de ensino fundamental, 68 não possuem bibliotecas. Há apenas sete bibliotecários para atender 77 bibliotecas instaladas. A ausência de bibliotecas contraria a Lei 12.244, sancionada em 2010, que determina a instalação desses espaços em todas as instituições de ensino no país.
FONTE: CCOM-MPMA

terça-feira, 26 de julho de 2011

Seduc promove clube da leitura nos faróis da educação

FONTE: Secom/Governo do Estado
Orcenil Jr./Secomampliar

Seduc promove clube da leitura nos faróis da educação
  Promover atividades de incentivo à leitura de forma lúdica no período das férias escolares. Essa é a proposta do Clube da Leitura, que está sendo realizado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc), por intermédio da Supervisão de Bibliotecas Escolares (Sube), nas bibliotecas Farol da Educação de São Luís, até o próximo sábado (30).
A atividade visa incentivar os estudantes de 7 a 11 anos a incluírem a leitura em sua programação de férias, utilizando atividades lúdicas, como: conto de histórias, jogos educativos e recreação.
“Estamos nos divertindo muito com todas as atividades. Cada dia é contada uma história diferente e ainda tem os livros que levamos para ler em casa. As professoras pedem para falarmos dos livros para os outros colegas e assim temos a oportunidade de aprender mais sobre outras histórias. Estou aprendendo a cantar músicas que a minha mãe cantava quando criança e isso é muito legal”, afirmou Keven Alexandre, 11 anos, que está participando da programação no farol Gonçalves Dias, bairro Filipinho.
Para a bibliotecária Rita Oliveira, o número de participantes é pensado previamente para que seja feito acompanhamento de cada criança. "O nosso objetivo é incentivar a leitura, então, quanto maior a quantidade de crianças, mais conhecimento é repassado. As crianças que forem chegando podem participar das atividades e serem inseridas nos grupos como ouvintes, pois a finalidade maior é socializar a leitura”, explicou.
As atividades do clube da leitura acontecem nos turnos matutinos e vespertinos, nas bibliotecas farol da educação, localizadas nos bairros Filipinho, Vinhais, Renascença e Anjo da Guarda.

PARA HOMENAGEAR ESCRITORES E POETAS NO SEU DIA

SONETANDO PARA BRASILINO

Pelos sambas e marchas do mestre
Pelas letras e musicalidade
Brasilino Miranda aparece
Como o poeta da nossa cidade.

"Eu vou"; "se recordar é viver"
"Rosa"; "Celina" e "Gari"
"Em junho"; "Yolanda"; "Quero saber"
São poemas de Brasilino daqui.

De codó foi a perigrinação
Morou em São Luis do Matanhão
E de Bacabal fez o seu hino,

Pois cá viveu com o coração
E fez da natureza sua emoção
Viva a poesia. viva a Brasilino.

(Claudio Cavalcante - membro da Academia Bacabalense de Letras)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Análise ou análize? Veja 10 erros comuns da língua portuguesa

Para auxiliar quem prestará o Enem 2011, a rede ibero-americana de colaboraçãouniversitária, Universia Brasil, divulgou um guia com os 10 erros de ortografia mais comuns nas redações de língua portuguesa.
De acordo com a instituição, embora a língua seja a quinta mais falada no mundo, ainda existem dúvidas na hora de escrever uma redação ou pronunciar alguma palavra. Entre os erros apontados está a grafia de palavras e o uso do ç, s, ss e z.
Os erros foram agrupados pelo escritor Eduardo Martins em seu livro Os 300 Erros mais Comuns da Língua Portuguesa, da Editora Laselva.
1 - "Estava paralizado de medo"O s entre duas vogais nos substantivos também está presente no verbo.
O correto é: Estava paralisado de medo. (de paralisia) 
Outros exemplos:
Vamos analisar os resultados. (de análise)
Carro com catalisador polui menos. (de catálise)
A moda agora é alisar os cabelos. (de liso)
2 - "Relacione todas as excessões"É comum confundir a grafia do s, ss e ç 
O correto é: Relacione todas as exceções.
Veja outros exemplos de grafias erradas e a forma correta de escrever:
"Advinhar" (correto: adivinhar)
"Ascenção" (correto: ascensão)
"benvindo" (correto: bem-vindo)
"cincoenta" (correto: cinquenta)
"pixar" (correto: pichar)
"xuxu" (correto: chuchu)
"zuar" (correto: zoar)
3 - "A moça não sai do cabelereiro"Palavra deriva de cabeleira
O correto é: A moça não sai do cabeleireiro. (de cabeleira) 
Outros exemplos:
Era um encontro "prazeiroso" (correto: prazeroso)
Atenção, vamos "manerar" (correto: maneirar)
4- "Eram casas germinadas"Lembre-se de gêmeos 
O correto é: Eram casas geminadas. (sem r) 
Evite acrescentar letras inexistentes às palavras:
Asterisco (e não "asterístico")
Beneficência (e não "beneficiente")
Beneficente (e não "beneficiente")
Bugiganga (e não "buginganga")
Mendigo (e não "mendingo")
Mortadela (e não "mortandela")
Reivindicar (e não "reinvindicar" ou "reinvidicar")
5- "Gostava de comida por kilo"Kilo é uma palavra aportuguesada 
O correto é: Gostava de comida por quilo. (A comida é vendida por quilo) 
Outras palavras já aportuguesadas: batom, camicase, chique, clipe, clube, críquete, cupom, estande, estresse, gangue, gim, golfe, grogue, gueixa, lorde, moletom, ringue, saquê, surfe, tíquete, turfe, xampu.
6 - "Era um deputado bahiano"Derivados de Bahia não se escrevem com h 
Só existe h em Bahia, mas não nos derivados do nome do Estado.
O correto é: Era um deputado baiano.
Outros exemplos: 
Mora na Bahia.
Tinha muitos parentes baianos.
Nas palavras compostas, Bahia perde o h e a inicial maiúscula: coco-da-baía, jacarandá-da-baía, laranja-da-baía. Da mesma forma, o torcedor do Corinthians é corintiano, também sem h.
7 - "A tijela estava cheia de doces"Tigela é com g e não com j 
O correto é: A tigela estava cheia de doces. 
Outras palavras com g e não j: 
Afugentar, bege, falange, ferrugem, herege, Hégira, proteger, rabugento, selvageria.
8 - "Comeu uma pizza de calabreza"Terminação "esa" indica origem (de Calábria, Itália)
O correto é: Comeu uma pizza de calabresa.
São as terminações ês, esa e isa que indicam nacionalidade, origem, título de nobreza ou ocupação feminina:
Calabresa, francês, inglesa, japonesa, português, burguesa, camponês, cortês, baronesa, duquesa, poetisa, profetisa.
9 - "Vamos organisar a festa?" Terminação "izar" indica ação de fazer 
A terminação se agrega a um adjetivo ou substantivo terminado em r,l, n ou vogal:
O correto é: Vamos organizar a festa?
Outros exemplos: Banal: banalizar
Cânon: canonizar
Cota: cotizar
Horror: horrorizar
Suave: suavizar
10 - "A moça se dava bem com o padastro" A palavra deriva de padre (pai em latim)
O correto é: A moça se dava bem com o padrasto.
Evite também inverter as letras de madrasta (de mater, madre, ou seja, mãe): 
A madrasta fazia a lição com o enteado.
Do Diário do Mearim Com informações da Universia Brasil